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Linha Fala Criança divulga dados relativos às uniões prematuras e violência sexual em tempos de COVID-19

No âmbito da celebração do dia da Criança Africana, 16 de Junho, a Linha Fala Criança (LFC) procedeu na manhã desta quarta-feira, em Maputo, com a divulgação de dados sobre as uniões prematuras e violência sexual em tempos de COVID-19.

Segundo os dados divulgados, a Linha Fala Criança (LFC) recebeu através do seu centro de chamadas um total de 178.436 chamadas, que resultaram em 3.001 casos com 3.411 sobreviventes (crianças vítimas envolvidas).

Do total das chamadas recebidas na LFC, 59% são de crianças, 29% são de adultos e 12% são de utentes cujo sexo não foi possivel identificar.

No geral, 58% dos utentes que entraram em contacto com a LFC são do sexo masculino, 39% são utentes do sexo feminino e 3% são utentes cujo sexo não foi possível identificar.

No que se refere a tipologia de casos no país, as uniões prematuras, violência sexual e os maus tratos caracterizam a maior frequência de casos denunciados.

A região centro de Moçambique, registou o maior número de casos , registos estes com destaque para a província de Manica, Zambézia e Sofala. 74% dos casos reportados foram encaminhados a diversos serviços de assistência à criança e destes, 51% tiveram a devida assistência.

A LFC recebe diariamente um total de 384 chamadas, em que reporta-se 6 casos, dos quais pelo menos um caso é de união prematura.

Em média, a cada 59 chamadas recebidas na LFC, um caso é registado, a maioria dos casos são de uniões prematuras e violência sexual, sendo que a maioria das vítimas é do sexo feminino, e a idade média é de 15 anos.

De referir ainda que a LFC recebe em média por dia 45 chamadas de utentes solicitando informação sobre COVID – 19, oque significa que 12% das chamadas correspondem a chamadas solicitando informação sobre COVID- 19.

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