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História de Sucesso: Menor casa sem consentimento dos pais

A Linha Fala Criança recebeu a chamada da Dulce (nome fictício) de 16 anos de idade, moradora na cidade de Maputo, distrito de Kamavota, bairro Costa do Sol. A mesma ligou para a LFC com o propósito de apresentar a sua preocupação.

Na sua intervenção ela relatou o seguinte:“Conheci um moço e começamos a namorar, depois de um tempo de namoro acabei ficando grávida e contei a minha mãe. Informei a ele que estava grávida, mas ele negou a gravidez, a minha mãe sabendo disto, mandou-me ir viver lá. Quando lá cheguei, ele e a família cuidaram de mim, mas acabei perdendo a gravidez e tudo mudou, ele passou a tratar-me muito mal, eu ainda gosto dele, mas não consigo ficar aqui sendo que ele vive me maltratando”.

Posta a denúncia a LFC pediu para que a menor fornecesse o contacto dos seus pais, e ela o fez.

Em conversa com a mãe, a mesma afirmou o seguinte: “a minha filha saiu de casa sem ter me despedido. Quando eu soube da gravidez por via de vizinhos, perguntei a ela e confirmou. Foi aí que disse a ela para informar ao rapaz e vir assumir a sua responsabilidade, quando ela saiu para casa do tal namorado, não voltou, mandou mensagem alegando que o rapaz não lhe deixava voltar para casa. Assim,  ficou muito tempo sem dar as caras muito menos um sinal de vida.  Estou surpresa convosco quando dizem que ela está a sofrer e quer voltar porque ela não falou connosco”. 

Em conversa com o pai, o mesmo confirmou a versão da sua esposa e acrescentou ainda que ficou muito indignado com o comportamento da filha por ela ter saido sem despedir-se. “Provavelmente achava-se crescida e queria o seu próprio lar”.

Mediante os relatos, a LFC aconselhou aos pais da menor a traze-la de volta ao convívio familiar, pois ainda que fosse da vontade dela ficar em casa do marido, isso constituía violação dos seus direitos, e que a união prematura era crime. Depois de uma longa conversa, os pais consentiram em trazer a menina de volta e cuida-la.

Passada uma semana, a LFC, ligou para o pai da menor para saber do ponto de situação, ele afirmou que no mesmo dia entraram em contacto com a menor e levaram-na de volta à casa, porém, não tinham ainda conversado com a menor sobre o sucedido.

Neste sentido, a LFC exortou a família a abrir um espaço de conversa entre ambas partes, de forma pacífica, de modo a fazer compreender a menor o erro que cometeu para evitar situações similares no futuro. Os progenitores da menor acataram o conselho da LFC, e concordaram em coloca-ló em prática, e deste modo deu-se por encerrado o caso.

Obs: Os nomes acima usados são fictícios, mas a história é real.

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